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O movimento Tropicália, que surgiu nos anos de 1967 e 1968, completa 40 anos, foi um movimento artístico e cultural que contagiou e sacudiu o cenário brasileiro, marcando a ruptura da arte contemporânea, inaugurando conceitos e tendências que iriam desembocar na arte brasileira, revolucionando o status da música nacional. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques eram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa, do cantor-compositor Tom Zé, da banda Os Mutantes, do maestro Rogério Duprat, da cantora Nara Leão, dos letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto, e do artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte, como um de seus principais mentores intelectuais. A intenção dos tropicalistas não era superar a bossa nova. Mas aproximar de novo a música brasileira dos jovens, que se mostravam cada vez mais interessados no pop-rock internacional, argumentando que nossa música precisava se tornar mais “universal”. Embora marcante, o Tropicalismo era visto por seus críticos como um movimento sem comprometimento político ao contrário do que era comum naquela época em que diversos artistas lançaram canções que abertamente se opunham à ditadura. De fato, os artistas tropicalistas faziam questão de ressaltar que não tinham interesse em promover por meio de suas músicas referências temáticas tradicionais a problemas políticos e ideológicos, como feito até então pela canção de protesto. Acreditavam que a experiência estética vale por si mesma e ela própria já é um instrumento social revolucionário. A importância daquele movimento, hoje se reflete na liberdade que se tem em fazer e cantar a musica brasileira. Todas as regras que norteavam o ritmo musical do país foram deixadas de lado. Hoje a coreografia da interpretação musical é diversa em todas as suas formas, graças à maneira de interpretar e de se vestir lançadas na Tropicália. Enquanto os cabeludos Beatles mudavam os costumes na Inglaterra e no resto do mundo. No Brasil, os tropicalistas ditavam e mudavam também para sempre o estilo latino brasileiro de apresentar a nossa música. Por outro lado, apesar de apolítico, o Tropicalismo acabou representando também uma reação contra a ditadura que censurava qualquer atitude diferente na arte e cultura, como uma paranóia, achando que se não era a favor da ditadura a inovação era contrária. O certo era que os censores da época pouco entenderam o significado daquele movimento artístico-musical. No fundo suas desconfianças se justificavam. Ali havia também uma contestação ao momento político de 1968.
Nasci no dia 18 de outubro de 1988, sou estudante de jornalismo do IESB, mas também exerço atividades musicais. Adoro ler artigos como notícias, casos e dados historicos. Pretendo realizar atividades jornalísticas e investigativas, procurando escrever melhor matérias e textos qualificados para o publico geral.
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TROPICALIA, 40 ANOS DEPOIS – A HERANÇA QUE FICOU.
O movimento Tropicália, que surgiu nos anos de 1967 e 1968, completa 40 anos, foi um movimento artístico e cultural que contagiou e sacudiu o cenário brasileiro, marcando a ruptura da arte contemporânea, inaugurando conceitos e tendências que iriam desembocar na arte brasileira, revolucionando o status da música nacional.
Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques eram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa, do cantor-compositor Tom Zé, da banda Os Mutantes, do maestro Rogério Duprat, da cantora Nara Leão, dos letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto, e do artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte, como um de seus principais mentores intelectuais.
A intenção dos tropicalistas não era superar a bossa nova. Mas aproximar de novo a música brasileira dos jovens, que se mostravam cada vez mais interessados no pop-rock internacional, argumentando que nossa música precisava se tornar mais “universal”.
Embora marcante, o Tropicalismo era visto por seus críticos como um movimento sem comprometimento político ao contrário do que era comum naquela época em que diversos artistas lançaram canções que abertamente se opunham à ditadura. De fato, os artistas tropicalistas faziam questão de ressaltar que não tinham interesse em promover por meio de suas músicas referências temáticas tradicionais a problemas políticos e ideológicos, como feito até então pela canção de protesto. Acreditavam que a experiência estética vale por si mesma e ela própria já é um instrumento social revolucionário.
A importância daquele movimento, hoje se reflete na liberdade que se tem em fazer e cantar a musica brasileira. Todas as regras que norteavam o ritmo musical do país foram deixadas de lado. Hoje a coreografia da interpretação musical é diversa em todas as suas formas, graças à maneira de interpretar e de se vestir lançadas na Tropicália. Enquanto os cabeludos Beatles mudavam os costumes na Inglaterra e no resto do mundo. No Brasil, os tropicalistas ditavam e mudavam também para sempre o estilo latino brasileiro de apresentar a nossa música. Por outro lado, apesar de apolítico, o Tropicalismo acabou representando também uma reação contra a ditadura que censurava qualquer atitude diferente na arte e cultura, como uma paranóia, achando que se não era a favor da ditadura a inovação era contrária. O certo era que os censores da época pouco entenderam o significado daquele movimento artístico-musical. No fundo suas desconfianças se justificavam. Ali havia também uma contestação ao momento político de 1968.
Alan Gustavo Lucas Monteiro
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